COLETTE

Colette integra o circulo cultural e social do marido e começa logo a trabalhar na editora de Henry, onde se torna um dos seus escritores fantasma. O comportamento adultero do marido é que é mais difícil de aceitar. Quando Colette publica a série “Claudine”, romance semiautobiográfico que definiria um novo tipo de arquétipo – o adolescente -, a obra torna-se um sucesso e uma sensação cultural, mas a recusa de Willy em reconhecera autoria de Colette leva ao fim do casamento de ambos. Pela sua parte, Colette inicia uma série de relações com mulheres, uma das quais com Mathilde de Morny ou “Missy”, uma aristocrata que desafia os padrões da época. Enquanto resiste ao controlo e aos jogos psicológicos do ex-marido, Colette esforça-se por alcançar a sua liberdade e voz artística. Quando finalmente o consegue fazer, Colette torna-se numa das figuras mais celebradas da literatura francesa, tendo escrito dezenas de obras, entre as quais Chéri (1920) e Gigi (1944), que viria a inspirar o filme de Vincente Minnelli e o musical da Broadway.